As obras de Stelarc concentram-se na expansão das capacidades do corpo, considerado obsoleto pelo artista por não ser nem muito eficiente e nem muito durável, dependendo de fatores como idade e saúde para que funcione corretamente.
Temos como alguns exemplos dessas obras de expansão das capacidades corpóreas uma orelha que o artista implantou cirurgicamente em seu braço esquerdo, sendo essa criada em laboratório a partir de células humanas e futuramente será colocado um chip na mesma para que através de uma conexão Bluetooth os sons produzidos no braço de Stelarc sejam enviados para um computador e possam ser ouvidos. Ou ainda um braço robótico com movimentação independente acoplado ao seu próprio corpo, sendo controlado por eletrodos posicionados nos músculos de seu braço.
Não faz mais sentido ver o corpo como um local para a psique ou o social, mas sim como uma estrutura a ser monitorada e modificada. O corpo não como um sujeito, mas como um objeto. - NÃO UM OBJETO DE DESEJO, MAS UM OBJETO DE PROJETO (STELARC, apud DOMINGUES, 1997, p.54).
Vale ressaltar que Stelarc não produz suas obras com a intenção de aplicá-las exatamente como são e sim de expressar e divulgar sua idéia de corpo obsoleto em uma experiência direta, fazendo com que o conceito do corpo obsoleto seja visto numa aplicação real e não apenas na teoria.
REFERÊNCIAS:
DOMINGUES, Diana. A Arte no Século XXI – A Humanização das Tecnologias. São Paulo: Editora Unesp, 1997.
GAYA, Adroaldo. Será o corpo humano obsoleto?. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222005000100013, 2005
http://en.wikipedia.org/wiki/Stelarc - 05/03/2009 - 16:50
http://www.ctheory.net/articles.aspx?id=71 – 05/03/2009 – 16:47
http://www.stelarc.va.com.au/arcx.html - 05/03/2009 - 16:32
http://www.stelarc.va.com.au/redesign/redesign.html - 05/03/2009 - 16:34
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